Propriedade de terra e ideologia: o monoteísmo ético
Publicado na Revista de História (nº 104), São Paulo, 1975


            Como e por que um determinado tipo de monoteísmo foi desenvolvido na existência social de um pequeno povo do Oriente Médio: eis o tema a respeito do qual iremos levantar algumas questões e acenar com possíveis respostas.
            Inicialmente caberia verificar que o conceito de deus único, em que se crê (monoteísmo) ou que se cultua embora a existência de outros (monolatria) não surgiu com os hebreus. Pelo contrário, é bastante comum a constatação de deuses regionais, tribais ou “nacionais”, considerados pelos seus veneradores “o verdadeiro deus”, cuja função entre outros era a de proteger os soldados numa batalha. O “deus dos exércitos” dos hebreus terá durante muito tempo apenas esse caráter, comum nas sociedade médio-orientais.
            Não se pode esquecer, por exemplo o caráter de Iknaton, deus “criado” por Amenofis IV dentro de uma realidade histórica específica e que antecedeu o monoteísmo judaico documentado (1).
            Com isso não estamos fazendo nenhum juízo de valor relativamente à importância dos hebreus, mas apenas lembrando que sua permanência na história é devida, não a simples criação dum monoteísmo, mas sim ao aspecto ético desse monoteísmo.
            O que foi esse monoteísmo, qual sua especificidade, e, principalmente, como e por que surgiu, este é o objetivo do nosso trabalho.
            O monoteísmo ético é caracterizado pela existência de uma divindade como uma função normativa bem definida: fazer com que os homens ajam de forma correta e justa. Entre os hebreus, a existência dessas normas partia de Deus (Jeová, Élohim), que, embora inatingível, deveria ser situado como ponto de referência do Bem, da Verdade e da Justiça.
            A literatura bíblica é quase toda ela comprometida por essa “visão do mundo”. A preocupação nos textos do Pentateuco, dos profetas e mesmo em alguns “escritos”, é menos com o que se narra do que com o porque se narra. O objetivo não é contar os fatos, mas explicar quais as razões que os determinaram: e as razões reduzem-se, em última análise, à vontade de Deus.
            Nesse sentido quase todo o Antigo Testamento não passa de uma Teoria da História de caráter ético-providencialista. Exemplos aí são inúmeros:
 
1        – Quando do dilúvio que inundaria tudo e faria perecer toda a população, o homem eleito para ser salvo foi Noé, justo entre os maus:
 
O senhor viu que a corrupção dos homens era grande sobre a terra, e que todos os pensamentos do seu coração estavam continuamente voltados para o mal. O Senhor arrependeu-se de ter criado o homem sobre a terra, e teve o seu coração ferido de íntima dor. E disse: ‘Eu exterminarei da superfície da terra o homem que criei, e com ele os animais, os répteis e as aves dos céus, porque eu me arrependo de os haver criado’. Noé, entretanto, encontrou graça aos olhos do Senhor” (2).
 
2        - Vendido cimo escravo a Putifar, José, por ser virtuoso, passou por amargas provações chegando mesmo a ser encarcerado. Entretanto, conseguiu não apenas sair da prisão como, numa sociedade de pouca mobilidade como a egípcia, ascender à posição de segundo homem do país, porque Deus estava com ele:
 
 “Poderíamos, disse-lhes ele, encontrar um homem que tenha tanto como este o espírito de Deus?’ E disse em seguida a José: ‘Pois que Deus te revelou isto, não haverá ninguém tão prudente e tão sábio como tu. Tu mesmo serás posto à frente de toda a minha casa, e todo o meu povo obedecerá à tua palavra: só o trono estará acima de ti’. ‘Vês, disse-lhe ainda, eis que te ponho à testa de todo o Egito.’ E Faraó, tirando o anel de sua mão, pô-lo na mão de José; fê-lo revestir-se de vestes de linho fino e meteu-lhe ao pescoço um colar de ouro. E, fazendo-o montar no segundo dos seus carros, mandou que clamasse diante dele: ‘Ajoelhai-vos!’ E assim que ele foi posto à frente de todo o Egito, o Faraó disse-lhe: ‘Sou eu Faraó: sem tua permissão não se moverá a mão nem o pé em toda a terra do Egito“ (3)
 
3         - Davi, jovem da tribo de Judá, aceitou enfrentar o campeão filisteu, Golias. Armado apenas com uma funda, derrota o gigante adversário e degola com sua própria espada. Mas quem derrota Golias não é Davi, mas Deus:
4         
“Disse-lhe: ‘Sou eu porventura um cão, para vires a mim com um cajado?’ E amaldiçoou-o em nome de seus deuses. ‘Vem, continuou ele, e eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais da terra!’ Davi respondeu : ‘Tu vens a mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou a ti em nome do Senhor dos exércitos, do Deus das fileiras de Israel, que tu insultaste. Hoje o Senhor te entregará nas minhas mãos, e eu te matarei, corta-te-ei a cabeça, e darei os cadáveres do exército do filisteus às aves do céu e aos animais da terra. Toda a terra saberá que há um Deus em Israel; e toda essa multidão saberá que não é com a espada nem com a lança que o Senhor triunfa, pois a batalha é do Senhor, e ele entregou em nossas mãos!’ ” (4).
 
Por esses exemplos podemos verificar que a preocupação com o bom exemplo é constante, o temor a Deus constitui-se em padrão para a bondade dos homens. O temor, no entanto, significa, em última análise, a busca do Bem, da Justiça e da Verdade bem mais do que o culto ritual da divindade. A expressão mais acabada dessa preocupação, vamos encontrar com os Grandes Profetas, especialmente Amós e Isaias:
 
“ De que me serve a mim a vossa profusão de sacrifício? Diz o Senhor. Já estou farto deles. Não quero mais holocaustos de carneiros, nem de gordura de animais cevados, nem o sangue de bezerros, nem de bodes. Quem vos exigiu tais oferendas, permitindo que andásseis a passear nos meus átrios?
Ouvi estas palavras, vacas de Basã que estais sobre o monte de Samaria, vós que dizeis a vossos maridos: ‘Trazei e beberemos’. O Senhor Deus jurou pelo santo nome que brevemente virão dias mais infelizes para vós, em que vos espertarão nas lanças e meterão os restos do vosso corpo em caldeiras de ferver. E vós saireis pelas brechas abertas uma defronte da outra e sereis lançados para Harmon, diz o senhor.
Portanto, já que explorais o pobre e lhe exiges tributo de trigo, edificareis casas de pedra, porém não bebereis do seu vinho. Porque eu conheço as vossas inúmeras transgressões e os vossos graves pecados: atacais o justo, aceitais subornos e rejeitais os pobres à sua porta. Porisso, o que for prudente se calará, porque é tempo mau. Buscai o bem, e não o mal, para que vivais, e o Senhor Deus dos exércitos estará convosco, como vós afirmais.
Eu aborreço e desprezo as vossas festas; e vossas assembléias solenes não me dão prazer. Se vós me oferecerdes holocaustos e presentes, não os aceitarei; e não porei os olhos nas vítimas gordas, que me ofertares, em cumprimento dos vossos atos. Aparta de mim o ruído dos teus cânticos! Eu não ouvirei as melodias de tua lira. Antes corra o juízo como as águas, a justiça como ribeiro perene” (5).
 
               
Constatamos, pois que a busca do Bem, compreendido como justiça – especialmente justiça social – é um valor positivo para os profetas. Ora, hoje podemos saber que a redação da obra de Amós e Isaias é bem anterior a de quase todo o resto do Antigo Testamento; antes deles devem ter sido escritos apenas as normas rituais, expressão formal da aliança povo/divindade e evidentemente textos a respeito de legislação. Os especialistas deixam bem claro esse particular (6) anulando qualquer tentativa de se pensar em uma coincidência entre a ordem dos textos que o Antigo Testamento apresenta em qualquer Bíblia e a seqüência cronológica de sua redação. O que havia, sem dúvida era uma tradição oral que encontrou uma forma literária após os profetas e com interferências evidentes da visão destes.
A partir disso não poderemos ter dúvidas em atribuir ao profetismo a estruturação ideológica do monoteísmo ético, como conceituamos acima. Caberia, entretanto explicar, primeiramente, quem eram e quando viveram esses profetas. E a seguir, tentar mostrar por que desenvolveram esse tipo de valores.
O profeta não foi criado pelos hebreus; ele já existia entre os cananitas, antigos habitantes da Palestina, com a função de vidente. Há até algo negativo em ser profeta “profissional” (nabi, em hebraico) como podemos avaliar pela seguinte resposta de Amós a um sacerdote de Belém:
 
“Eu não sou profeta, nem filho de profeta, sou um pastor”.
Por que então o profeta alcançou importância histórica entre os hebreus? Exatamente porque alguns deles, os chamados grandes profetas, utilizavam-se de uma forma já existente – o vidente – para dar um novo conteúdo a ela. Noutras palavras, o profeta utiliza-se de uma forma subjacente ao mundo em que atua, dando-lhe uma nova dimensão. Tomamos como exemplos Amós e Isaias:
 
Isaias:
           
             Isaias nasceu e profetizou na Judéia, provavelmente só em Jerusalém, durante um largo período de tempo, talvez compreendido entre os anos 740 e 701.
            De origem social elevada, tinha acesso às principais figuras do reino e sua visão de Deus, embora universal, tinha certas concessões ao ritual vigente, pelo menos no início de sua pregação:
 
“No ano da morte do rei Ozias, eu vi o Senhor sentado num trono muito elevado; as franjas de sue manto enchiam o templo. Os serafins se mantinham junto dele. Cada um deles tinha seis asas; com um par (de asas) eles velavam a face, e com o outro cobriam os pés e, com o terceiro, voavam. Suas vozes se harmonizavam e diziam: ‘Santo, santo e o senhor dos exércitos; a terra toda está cheia de glória.’ A este brado as portas estremeceram em seus gonzos e a casa encheu-se de fumo. ‘Ai de mim, gritava eu. Estou perdido porque sou um homem de lábios impuros, e habito com um povo (também) de lábios impuros, e entretanto meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos’ ” (7).
 
            Mais tarde Isaias evolui para uma visão crítica, como a de Amós quando afirma:
 
“Ouvi, céus, e tu, ó terra, escuta,
é o senhor que fala:
Eu criei os filhos e os enalteci.
Ele, porém, se revoltaram contra mim,
O boi conhece seu possuidor, e o asno o estábulo de seu dono;
Mas Israel não conhece nada,
E meu povo não tem entendimento.
Ai da nação pecadora, do povo carregador de crimes,
Da raça de malfeitores, dos filhos desnaturados!
Abandonaram o Senhor,
Desprezaram o Santo de Israel,
e lhe voltaram as costas.
Onde vos ferir ainda,
quando persistis na rebelião?
Toda a cabeça está enferma, e todo o coração, abatido,
Desde a planta do pé até o alto da cabeça, não há nele coisa sã.
Tudo é uma ferida, uma contusão, uma chaga viva,
que não foi nem curada, nem ligada, nem suavizada com óleo.
Vossa terra está assolada, vossas cidades, incendiadas.
Os inimigos, à vossa vista, devastam vosso país.
(É uma desolação, com a ruína de Sodoma).
Sião está só, como uma choupana em uma vinha,
como choça em pepinal,
como cidade sitiada.
Se o Senhor dos exércitos não tivesse deixado algumas da
nossa linhagem, nós teríamos sido como Sodoma;
e ter-nos-íamos tornado tais como Gomorra.
Ouvi a palavra do Senhor, príncipes de Sodoma;
Escuta a lição de nosso Deus, povo de Gomorra:
‘De que me serve a mim a multidão das vossas vítimas? Diz o Senhor.
Já estou farto de holocaustos de cordeiros
e da gordura de novilhos cevados.
Eu não quero sangue de bezerros e de bodes,
quando vindes apresentar-vos diante de mim.
Quem reclamou isso de vós?
Deixai de pisar em meus átrios.
De nada serve trazer oferendas;
eu tenho horror da fumaça (dos sacrifícios).
As luas novas, os sábados, as reuniões de culto,
não posso suportar a presença do crime na festa religiosa.
Eu abomino as vossas luas novas e as vossas festas!
Elas me são molestas, estou cansado delas.
Quando estendeis vossas mãos, eu desvio de vós meus olhos;
Quando multiplicais vossas preces, eu não as ouço.
Vossas mãos estão cheias de sangue, lavai-vos, purificai-vos.
Tirai vossas más ações de diante de meus olhos.
Cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem.
Respeitai o direito, protegei o oprimido:
Fazei justiça ao órfão, defendei a viúva” (8).
 
 
Amós:
 
            Amós deve ter nascido na Judéia, mas profetizou na Samaria, durante o reinado de Jeroboão II (783-743), quando este reino encontrava-se no apogeu, em termos de extensão territorial. A obra de Amós é curta e contundente e há autores, como Morgenstern, que defendem a tese de ele ter profetizado uma única vez. Mesmo não considerando válida essa versão, os autores crêem que deve ter atuado no decorrer de um único ano, provavelmente 745. A origem humilde de Amós, uma forte negação de qualquer tipo de ritualismo, linguagem agressiva e desabusada e, mais do que tudo, um sentimento agudo e intransigente de justiça, essas as características mais evidentes nos nove capítulos do profeta pastor.
            O profeta atua no período da monarquia. Esteja ela em boa ou má situação política, a verdade é que a situação de grande maioria do povo é ruim. Na verdade, concretizam-se as “previsões” feitas por Samuel, quando o povo pede a Deus um rei e o profeta alerta sobre as mazelas que podem ocorrer.
 
              “E juntando-se todos os anciãos de Israel, foram ter com Samuel, em Ramata, e disseram-lhe: Bem vês que estás velho e que teus filhos não seguem as tuas pisadas; constitui-nos, pois, um rei que nos julgue, como o tem todas as nações.
              Samuel, pois, repetiu todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe tinha pedido um rei, e disse: Este será o direito do rei que vos há de governar. Tomará os vossos filhos, e os porá em carroças, e fará deles moços de cavalo, e correrão diante dos seus coches, e os constituirá seus tribunos e seus centuriões e lavradores dos seus campos e seguidores de suas messes e fabricantes das suas armas e carroças. E também tomará o dízimo dos vossos trigos, e o do rendimento das vinhas, para ter que dar aos seus eunucos e servos. Tomará também os vossos servos e servas, e os melhores jovens, e os jumentos, e os empregará no seu trabalho. Tomará também o dízimo dos vossos rebanhos, e vós sereis seus servos. E naquele dia clamarei por causa do vosso rei, que vós mesmos elegestes; e o Senhor não vos ouvirá, porque vós mesmos pedistes um rei.” (9)
 
         Em palavras menos bíblicas, o que estava ocorrendo era uma processo de transição do sistema tribal, característico da época dos juizes, para um incipiente escravismo, que, de resto, nunca alcançará maiores dimensões. A estrutura política é monárquica, apoiada grandemente numa religião em que o ritualismo desempenha importante papel e o templo de Jerusalém (no caso da Judéia) é o centro.
            No período que vai do êxodo egípcio até as tentativas de monarquia, permanecem os hebreus num estágio tribal de desenvolvimento. Isto vai significar inexistência de propriedade particular de bens de produção – a terra pertencia coletivamente às tribos – e a conseqüente estrutura social e política. Socialmente, não há divisão por classes, castas ou estamentos e politicamente, apenas chefias eventuais e geralmente de curta duração, tipo juizes, como Débora, Sansão e Gedeão:
 
          “Depois veio o enviado do Senhor, e sentou-se debaixo do terebinto de Efra, que pertencia a Joás, da família de Abieser. Gedeão, seu filho, estava limpando o trigo no lugar, para o esconder dos madianitas. O mensageiro do Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: ‘O Senhor está contigo, valente guerreiro!’ Gedeão respondeu: ‘Ah, meu senhor, se o Senhor está conosco, por que nos vieram esses males? Onde estão aqueles prodígios que nos contaram nossos pais, dizendo: O Senhor fez,nos verdadeiramente sair do Egito? Agora o Senhor abandonou-nos e entregou-nos nas mãos dos madianitas.’ Então o Senhor, voltando-se para ele: ‘Vai, disse ele, com esta força que tens e livra Israel das mãos dos madianitas. Porventura não sou eu que te envio?’ – “Ó Senhor, respondeu Gedeão, com que livrarei eu Israel? Minha família é a última de Manassés, e eu sou o menor na casa do meu pai.’
              O Senhor replicou: ‘Eu estarei contigo e tu derrotarás os madianitas como se fossem um só homem’ ”  (10).
 
           Num nível diferente, é fácil compreender que as diferenças sociais, nesse estágio de desenvolvimento, são pouco expressivas, quando existentes. Não há, entretanto, plena consciência dessa possível “justiça social” já que não há um outro padrão (injustiça, exploração) a partir do qual esse valor possa ser medido.
            A partir do ano 1.000 a.C., aproximadamente, vai ser tentada uma união das tribos, sob a direção, antes de Saul, depois de Davi. Inicia-se o período que denominamos monárquico e que corresponde a um a centralização político- administrativa dentro de um incipiente e escravismo e com uma conseqüente carga de “injustiça social”. (O texto de Samuel, acima citado, relativo à escolha de um rei pelos anciões é bem ilustrativo).
            A preocupação profética com os pobres, com sacrifícios inconseqüentes dos poderosos, com os órfãos e as viúvas, problemas inexistentes num passado recente que tinha sido um período de felicidade – ou pelo menos de plena alimentação... – não é senão um retorno a uma ideologia não expressa, mas subjacente de justiça social característica do período tribal. Os grandes profetas, embora vivendo um determinado momento histórico, ansiavam por um outro que tinha existido e que era anterior à centralização administrativa política. Essa ideologia tribal em plena monarquia não deixa de se constituir em forma arcaica de pensamento ideológico. Entretanto, foi exatamente essa forma aparentemente reacionária de pensamento que colocou uma forma de se enxergar a história de forma ético-providencialista e, portanto, revolucionária, porque preocupada com a justiça social muitos séculos antes que isso viesse a se tornar tema político relevante. Com decorrência, o não muito significativo monoteísmo de algumas tribos médio-orientais transforma-se no monoteísmo ético que conhecemos.
         O fato de a mensagem ter extrapolado o momento histórico que a determinou não inválida a necessidade de um fato histórico ser explicado através da História e não da mitologia. Depois, nunca será demais fazer uma reflexão sobre as semelhanças entre a teoria da História, que chamamos monoteísmo ético e outros que têm como referencial o desenvolvimento das sociedades até que alcancem uma justiça social também sonhada pelos profetas.
 
           
(1) – vide Frankfort et alii, El Pensamiento prefilosofico. México, F.C.E., 1954, passim.
(2) – Gênesis, 6, 5-8.
(3) – Gênesis, 41, 38-44.
(4) - Samuel, 17, 43-47.
(5) – Isaias, 1, 11-12.
                (6) – Vide p. ex. LODS (Adolphe), Histoire de la literature hebraique et juive. Paris, Payot, 1950.
                (7) – Isaias, 6, 1-5.
(8) – Isaias, 1,2-17.
(9) – Samuel, 8, 4-5. 8, 10-20 – é importante notar que a data provável da redação dessa passagem encontra-se entre 740-621 a.C., ou seja, no “período profético” e não por volta de 1.000 a.C. que uma leitura leiga poderia sugerir.
               (10) – Juízes, 6, 11-16.